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Arquitetos: YŪ Momoeda Architects
- Área: 163 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:YASHIRO PHOTO OFFICE, Taiki Fukao

Descrição enviada pela equipe de projeto. Instalação de sauna planejada para a vila de Yamanakako, na província de Yamanashi. Por estar localizada no Monte Fuji e em área protegida, o terreno exigiu aprovação do Ministério do Meio Ambiente para que o cliente pudesse operar como gestor de parque nacional. Foram identificadas três restrições principais como critérios para a aprovação, de acordo com a Lei dos Parques Naturais: planta retangular, cobertura com formato tradicional e área envidraçada inferior à metade de toda a superfície das paredes.



Apesar das restrições impostas à forma externa, havia o desejo de criar uma arquitetura que se integrasse à paisagem e se conectasse à história única da região. O ponto central do projeto foi a chamada “Nuvem Kasa”. No Monte Fuji, a previsão do tempo tradicionalmente era feita observando o formato das nuvens de sombra sobre a montanha. Essa relação foi traduzida para a arquitetura, resultando na ideia de uma cobertura flutuante, sustentada por uma estrutura que remete a uma montanha surgindo da terra. Para ir além de uma simples imitação da paisagem, foi proposto um espaço em duas camadas, capaz de alternar o estado de espírito das pessoas — da concentração à libertação — por meio da forma como a natureza é percebida de dentro e de fora da “montanha”.




O primeiro andar, cercado por paredes, oferece um ambiente calmo e propício à concentração, como em meditação, onde foi planejada a principal função da sauna. A planta é organizada com a sala de sauna ao centro, enquanto uma “montanha” inclinada em relação às paredes transfere a força axial da cobertura e cria um vão de escada acima de cada sala. Claraboias e aberturas no topo dessa “montanha” permitem que a luz natural alcance cada ambiente pelo átrio e que o ar circule internamente. Nesse espaço, é possível sentir o movimento do sol na sala de sauna, a refrescância da água subterrânea no banho gelado e o fluxo do vento no banho de ar interno, à medida que o ar circula.


Ao subir para o segundo andar, após essa experiência espacial voltada ao interior de si mesmo, revela-se um espaço sem pilares, visualmente aberto em todas as direções. Sob as brancas nuvens “Kasa Cloud”, que arredondam os beirais, a pessoa se senta sobre o tatame, com a “montanha” poliédrica às costas. Assim, a arquitetura se abre para um encontro direto com a beleza da paisagem, em diálogo com a topografia natural.
























